Já perceberam o quanto uma casa de alta costura ou marcas famosas se transformam depois da morte de seus fundadores? Vou contar um pouco de história da moda, mais precisamente sobre a Lanvin.
Perfeitamente natural pois manter um estilo e carregar determinada assinatura é de grande desafio e responsabilidade. Um exemplo é a Lanvin que passou por trocas de direção ao longo do tempo.
Jeanne Lanvin foi uma costureira muito importante no século XX. Mesmo longe de holofotes, sendo mais reservada das mídias da época, ela se destacou.
Foi aprendiz de costureira e depois chapeleira, ofício que na época abria muitas portas para a carreira de moda na Paris de 1890, dando origem duas décadas mais tarde à sua casa de alta costura.
Começou a criar vestidos (super românticos – principalmente em tons pasteis) para sua filha Marguerite e assim entrou para a alta costura, conquistando suas clientes que também passaram a querer roupas para as filhas. Destaque para a antiga logomarca da grife simbolizando mãe e filha:
Os vestidos eram românticos pelos babados e super decorados com fitas, chenile e miçangas. Tecidos orientais inspiravam seus bordados e sua modelagem inovadora garantiu sua fama como ” a grande dama” da alta-costura.
A Década de 20
Destaque para sua marca registrada, o robe de style (vestido de saia rodada) que criou nos anos 20 não se importando com as tendências da época. Pois o mundo da moda na década de 20 tinha duas correntes: a modernista e a romântica. Lanvin pertencia à última.
Quando a estilista morreu, sua filha assumiu a casa e depois passou a direção a Antonio Castillo, que a partir de 1951, elaborou coleções próximas ao estilo de sua fundadora, assim como na década de 2000 com Alber Elbaz.
Entretanto, depois de outras mudanças na direção, a casa desfila prêt-à-porter e é comandada desde metade do ano passado por Olivier Lapidus que em uma entrevista disse que fará de tudo para “conversar com o DNA da casa Lanvin”.
Embora por outro lado haver rumores para que a marca se torne uma “Michael Kors” francesa. Porém, ainda é bem cedo pra saber!
Até hoje, as roupas vintage da Lanvin, principamente os vestidos tubinho são procurados por museus e clientes desejando suas peças.
Vestidos com bordados ou elementos modernos com mangas quimono são tão cobiçados que alguns podem chegar a custar milhares de libras.
Fontes: A Moda Do Século XX / Site FFW (Fashion Forward).
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